Roger Pontz veste o óculos que compõe o olho biônico (Mike Householder/AP)
Um homem de 55 anos voltou a enxergar com a ajuda de um olho biônico. Com o dispositivo, implantado por pesquisadores da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, o paciente Roger Pontz consegue entrever formas, silhuetas, sombras e flashes de luzes e pode identificar a presença de seu neto ou de seu gato, por exemplo.
Pontz perdeu a visão devido a uma retinite pigmentosa diagnosticada na adolescência. Trata-se de um tipo de degeneração da retina que leva à perda lenta e progressiva da visão. Pacientes afetados sentem, inicialmente, cegueira noturna seguida de redução do campo visual. Algumas pessoas com a doença ficam cegas após os 50 anos, enquanto outras permanecem com parte da visão a vida toda.
Segundo a agência de notícias Associated Press, o olho biônico consiste em um par de óculos com uma pequena câmera de vídeo e um transmissor. As imagens captadas pela câmera são transformadas em pulsos elétricos, que por sua vez são transmitidos a eletrodos ligados à retina do paciente. Esses pulsos estimulam as células saudáveis que restam na retina a levar os sinais ao nervo ótico, onde a informação visual é reconhecida e interpretada.
O implante do olho biônico de Pontz aconteceu em janeiro deste ano, mas o seu caso só foi relatado nesta quarta-feira. Além dele, outros três pacientes receberam o dispositivo na Universidade de Michigan — informações sobre os demais indivíduos, porém, não foram divulgadas. Essas pessoas foram as primeiras nos Estados Unidos a receber a "retina artificial", que foi aprovada pelo Food and Drug Administration (FDA) no ano passado. Na Europa, dispositivos como esse já haviam sido implantados em pacientes anteriormente.