Complicações na Cirurgia de Apendicectomia
Autor:Amanda Matiko Tanaka
Orientador: Cristina Correia e Bruna Bueno
RESUMO
TANAKA, A.M.Complicações na Cirurgia de Apendicectomia 2014, 16 páginas.Trabalho de Conclusão de Curso de Técnico em Enfermagem do Centro de Educação Profissional Anísio Pedrussi – Curitiba, Paraná.
A apendicite aguda é uma inflamação no apêndice, que ocorre devido a falta de absorção desse órgão de alguns alimentos, assim ocasionando a inflamação desse órgão.O tratamento para essa doença é a realização da retirada do apêndice, apendicectomia, essa cirurgia poderá ter complicações como peritonite, abscessos. O objetivo desse trabalho é ter o devido conhecimento sobre apendicite aguda, apendicectomia e suas complicações, abordando os sinais e sintomas, diagnóstico, tratamento, complicações, cuidados ao paciente pela enfermagem e orientações para alta hospitalar. O trabalho foi realizado através do relato de experiência de um paciente com apendicite aguda, foram realizadas pesquisas em artigos científicos (site da internet) e livros. O autor mais utilizado foi MOTZER et all, 2003. Conhecimento sobre apendicite aguda, apendicectomia e suas complicações, como tratar as complicações, cuidados pré-operatório e pós-operatório e orientações para o paciente. Conclui-se com esse trabalho a importância de um diagnóstico diferenciado e específico, o tratamento adequado para a doença e as orientações ao paciente sobre a doença, o tratamento, a cirurgia e os cuidados pós-operatórios. Também, a importância do paciente ir ao médico assim que tiver os primeiros sintomas, para evitar complicações. Os cuidados da enfermagem pré e pós-operatório são essenciais e as orientações ao paciente para alta hospitalar.
Palavras-chave: Apendicite. Complicações. Apendicectomia.
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A apendicite aguda é uma inflamação no apêndice devido à presença de corpos estranhos. Os sintomas geralmente são febre, dor abdominal intensa, náuseas, perda de apetite e entre outros. O diagnóstico é através de raios-X, tomografia computadorizada, exames laboratoriais e ultra-sonografia.
A causa da apendicite é desconhecida em alguns pacientes, porém em alguns casos, podem ser restos de vegetais, sementes de frutas e outros corpos estranhos que o organismo não consegue digerirpermanecendo no apêndice causando a inflamação ou a presença de parasitas intestinais.
O tratamento é apenas cirúrgico que deve ser realizado imediatamente, para evitar a perfuração do apêndice. Existem duas formas de apendicectomia, a porlaparotomia que é a cirurgia aberta e a laparoscopia que é cirurgia por vídeo. Durante e após a cirurgia pode-se ter complicações, porém tratadas adequadamente não terá riscos a saúde do paciente. Complicações como insuficiência respiratória durante a cirurgia, e peritonite e abscessos após a cirurgia. Essas complicações são todas tratáveis.
Os cuidados da enfermagem pré-operatórios e pós-operatórios são essenciais, nos cuidados básicos, administração de medicamentos e orientações.
Para prevenir a doença, é necessário ter uma alimentação saudável, porém a inflamação causada por parasitas não tem como ser evitada e não temos como prever se algum alimento causará a inflamação.
Conclui-se com esse estudo que a apendicite aguda não é uma doença grave e a apendicectomia é uma cirurgia simples, porém é necessário um cuidado intenso para evitar complicações, que em casos raros pode levar o paciente a óbito.O diagnóstico médico e da enfermagem na avaliação do paciente é fundamental para a descoberta da doença, pois esta doença pode ser confundida com outros tipos de inflamações na região abdominal.
APENDICECTOMIA
Relato de experiência de acompanhamento de uma paciente do sexo feminino, 54 anos, a qual realizou consulta com clínico geral de um pronto atendimento da cidade de Curitiba, apresentando queixa de dor intensa em região do abdome, prescrito pelo médico remédio buscofen, para aliviar a dor, paciente retornou para casa. Mesmo permanecendo em repouso e medicada a dor persistiu, novamente retornou ao pronto atendimento onde, onde foram realizados exames: tomografia computadorizada de abdômen, tomografia computadorizada de pelve/bacia, radiografia de tórax PA, exames laboratoriais: hemograma, TAP, KPTT, gasometria arterial, sódio, potássio, cálcio iônico, uréia, creatinina, lactato, bilirrubina total e frações, albumina, proteína C reativa e diagnosticado apendicite aguda. Foi encaminhada para o centro cirúrgico, para a realização da apendicectomia por videolaparoscopia. Durante a cirurgia teve insuficiência respiratória, após a cirurgia não retornou da anestesia no período esperado, de acordo com diagnóstico médico paciente tem alergia a anestesia, anestesia geral (propofol), mesmo com estímulos dolorosos, devido a isso foi encaminhada para a UTI. Apresentava curativo na região do abdome, este era observado em cada turno e se necessário, dependendo de seu aspecto, era realizado sua troca. Na madrugada do dia seguinte retornou da anestesia e permaneceu na UTI durante 3 dias, após recuperada foi encaminhada para o quarto onde permaceu 1 dia e depois recebeu alta. Retornou para casa sem sequelas e não ocorreram mais complicações.
APENDICITE AGUDA
Apendicite é a inflamação aguda do apêndice vermiforme. Os principais achados histopatológicos são congestão vascular e edema, exsudato fibrinoleucocitário e perfuração com abscesso em alguns casos. Ocorre em ambos os sexos e em todas as idades.
O apêndice fica inflamado e edemaciado em consequência de se dobrar ou ficar ocluído por uma massa fecal endurecida, tumor ou corpo estranho. O processo inflamatório aumenta a pressão intraluminal, assim iniciando uma dor periumbilical ou generalizada, cada vez mais intensa, localizando-se no abdome do lado direito inferior. Após, o apêndice inflamado se enche de pus.
A causa é desconhecida em alguns pacientes, a obstrução da luz do apêndice por coprolitos (mais comum), hipertrofia dos tecidos linfóides, bário espessado (restos de contraste utilizados em enema opaco), vegetais, sementes de frutas e outros corpos estranhos, parasitas intestinais (Ascaris, Oxyurus). (MOREIRA, 2005)
A apendicite aguda é incomum em idosos e quando ela ocorre, os sinais e sintomas são alterados e podem variar muito. A dor pode estar ausente ou ser mínima. (MOTZER et all, 2003)
A apendicite aguda é dividida em dois grupos: não complicadas e as complicadas. Essa divisão determina em muitos casos qual é a conduta que será adotada pela equipe medica, se será realizada uma cirurgia minimamente invasiva como a laparoscopia (por vídeo) ou se será necessário fazer a cirurgia por via aberta (laparotomia).Logicamente uma cirurgia maior, com uma incisão (corte) abdominal maior, exige mais tempo de recuperação e de repouso maior do paciente no pós operatório. (EDINGER, 2014)
SINAIS E SINTOMAS
Febre baixa e náuseas, algumas vezes, vômitos. A perda de apetite é comum.
A dor local é produzida no ponto de McBurney quando se aplica pressão. Quando o apêndice se enrola por trás do ceco, a dor e a hipersensibilidade são percebidas na região lombar, quando sua extremidade está na pelve, esses sinais podem ser provocados apenas ao exame retal.
A dor à defecação sugere que o apêndice está repousando contra o reto, a dor à micção sugere que a extremidade está próxima à bexiga ou colide com o ureter. Rigidez no músculo inferior direito pode ocorrer. O sinal de Rovsing pode ser produzido palpando-se o quadrante inferior esquerdo, isso, faz com que a dor seja percebida no lado direito. Quando o apêndice se romper, a dor torna-se mais difusa, a distensão abdominal se desenvolve em consequência do íleo paralítico. (MOTZER et all, 2003)
Livro Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica
EXAMES DIAGNÓSTICOS
Hemograma – Leucocitose.
Exame simples de urina – Normal.
RX simples do abdome
Apêndice não preenchido por bário
Ultra-sonografia – Inflamação apendicular (permite descartar outra doença pélvica, como massa inflamatória).
TC (tomografia computadorizada) – Permite reconhecer abscesso periapendicular. (MOREIRA, 2005)
O diagnóstico baseia-se em um exame físico completo, exames laboratoriais e exames de imagem. O hemograma completo demonstra uma contagem elevada de leucócitos com uma elevação dos neutrófilos. Radiografias abdominais, exames ultra-sonograficos e imagens por TC podem revelar uma densidade no quadrante inferior direito ou distensão localizada do intestino. A laparoscopia diagnóstica pode ser utilizada para excluir a apendicite aguda nos casos duvidosos.
A radiografia simples do abdome demonstra anormalidades em menos de 50% dos exames e é muito inespecífica.
A ultra-sonografia abdominal é sensível e específica, resultado mais preciso e reduzindo a possibilidade de regressão da doença através de um diagnóstico mais precoce e consequentemente evitando que evolua para a perfuração em apendicite aguda.(MOREIRA, 2005)
Tomografia Computadorizada (abdome e pelve)
Indicações:
Avaliar os tecidos moles e os órgãos do abdome, da pelve e do espaço retroperitonial.
Investigar doenças inflamatórias. (ABRAMO et all, 2007)
Exames Diagnósticos
Risco para infecção relacionado com a possibilidade de ruptura ou perfuração do apêndice
Resultados esperados:
Não terá sinais nem sintomas de peritonite, incluindo-se desaparecimento súbito da dor abdominal seguido de recidiva da dor, que se intensifica e torna-se constante, outros sinais e sintomas são: febre, taquicardia, hipotensão, distensão abdominal, agravamento das náuseas ou dos vômitos e incapacidade de evacuar ou eliminar flatos.
Normalizará a contagem de leucócitos e temperatura e manterá esses parâmetros dentro da variação normal. (ABRAMO et all, 2007)
TRATAMENTO MÉDICO
Para corrigir ou evitar o distúrbio hidroeletrolítico, desidratação e sepse, os antibióticos e os líquidos intravenosos são administrados até que a cirurgia seja realizada.
A apendicectomia é realizada logo que possível para diminuir o risco de perfuração. Pode ser realizada com uma incisão abdominal baixa (laparotomia) ou por laparoscopia. Tanto a laparotomia quanto a laparoscopia são seguras e efetivas no tratamento da apendicite com perfuração. No entanto, a recuperação da cirurgia laparoscópica geralmente é mais rápida.
Quando a perfuração do apêndice acontece, um abscesso pode formar-se. Quando isso ocorre, o paciente pode ser inicialmente tratado com antibióticos, e o cirurgião pode colocar um dreno de abscesso. Depois que o abscesso é drenado e não mais existe evidência de infecção, então é realizado a apendicectomia. (MOTZER et all, 2003)
COMPLICAÇÕES
A principal complicação da apendicite é a perfuração do apêndice, podendo causar peritonite, formação de abscesso (grande quantidade de material purulento) ou pileflebite porta, que é a trombose séptica da veia porta provocada por êmbolos vegetativos que se originam do intestino séptico. Em geral, a perfuração ocorre 24 horas após o início da dor. Os sintomas incluem febre de 37,7
º C ou mais, aparência toxêmica e dor ou hipersensibilidade abdominal continua. (MOTZER et all, 2003)
Existem dois tipos de peritonite:
Peritonites generalizadas: podem aparecer no decorrer da doença ou no pós-operatório. O tratamento do paciente é com antibióticos, transfusões de sangue, alimentação parenteral e aspiração do conteúdo gastrintestinal por meio de sondas gástricas ou intestinais. O uso de clister, sonda retal e estimulantes da musculatura lisa, além de ineficaz, pode ser prejudicial.
Peritonites localizadas: devem ser drenadas. A mais comum é o abscesso no fundo do saco de Douglas, que apresenta sintomas como, dor no baixo ventre, dor ou dificuldade ao urinar, diarreia, febre, ao toque retal: relaxamento do esfíncter, dor acentuada e abaulamento do fundo de saco, é comum do 6º ao 12ª dia após cirurgia. É raro o abscesso subfrenico, a conduta, é drenagem e levantamento do estado geral. (DE FREITAS, 1953)
Numa pesquisa realizada, predominou a peritonite generalizada com 55,7% dos casos. A media de idade foi de 35,3 anos. A faixa etária mais comprometida em ambos os grupos, foi a que ficou entre os 21 e 30 anos. Houve predomínio da raça branca e do sexo masculino em todos os tipos de peritonites. (D'ACAMPORA et all, 1992)
PERITONITE
Distúrbio agudo ou crônico é a inflamação do peritônio, ou membrana que reveste a cavidade abdominal e recobre os órgãos internos. Essa inflamação pode estender-se por todo o peritônio, ou ficar restrita em forma de abscesso. Em geral, a peritonite diminui a motilidade intestinal e causa distensão das alças intestinais por gases. A taxa de mortalidade é de cerca de 10% e a causa é obstrução intestinal. (BOUNDY et all, 2004)
CAUSAS
Na peritonite, bactérias invadem o peritônio. Isto geralmente é causado por apendicite, entre outras inflamações.
Nas inflamações química e bacterianas, líquidos contendo proteínas e eletrólitos acumulam-se na cavidade peritoneal e tornam o peritônio, que normalmente é transparente, opaco, vermelho, inflamado e edemaciado. Como a cavidade peritoneal é muito resistente à contaminação, essa infecção geralmente fica localizada em forma de abscessos.
A peritonite pode levar à formação de abscessos, septicemia, disfunção respiratória, obstrução intestinal e choque. (BOUNDY et all, 2004)
AVALIAÇÃO
Os sinais e sintomas do paciente dependem de o distúrbio ser avaliado em um estágio inicial ou tardio da sua evolução. No começo, o paciente pode relatar dor abdominal vaga e generalizada. Se a peritonite estiver localizada, o paciente pode fazer referência a dor numa área específica (geralmente no local da inflamação), se a peritonite for generalizada, o paciente pode queixar-se de dor abdominal difusa.
A medida que o processo avança, a dor abdominal fica cada vez mais grave e persistente. Em geral, a dor é agravada pelo movimento e pela respiração. (BOUNDY et all, 2004)
TRATAMENTO
Para evitar a peritonite, as medidas importantes são tratar imediatamente os distúrbios inflamatórios do trato GI (gastrointestinal) e administrar antibióticos antes e depois das cirurgias. Depois que o cliente desenvolver peritonite, o tratamento de emergência deve objetivar manter a estabilidade hemodinâmica, controlar a infecção, recuperar a motilidade intestinal e repor líquidos e eletrólitos.
A cirurgia, que é necessária logo que as condições do paciente estejam suficientemente estáveis para que ele possa tolerar o procedimento, tem como objetivo controlar a causa da peritonite. O foco infeccioso é eliminado pela avaliação do conteúdo aspirado e pela colocação de drenos. O procedimento cirúrgico varia segundo a causa da peritonite. Por exemplo, pode-se realizar apendicectomia quando houver ruptura do apêndice. (BOUNDY et all, 2004)
CUIDADOS DE ENFERMAGEM PRÉ-OPERATÓRIO APENDICECTOMIA
Aliviar a dor, evitar o déficit de volume de líquidos, reduzir a ansiedade, eliminar a infecção decorrente da ruptura do trato GI (gastrointestinal), manter a integridade da pele e melhorar a nutrição.
O paciente é preparado para a cirurgia, o que inclui uma infusão IV para repor a perda de líquidos e promover a função renal adequada e a antibióticoterapia para evitar a infecção. Quando existe evidência ou probabilidade de íleo paralítico, insere-se uma sonda nasogástrica. Enema não é administrado porque pode levar à perfuração. (MOTZER et all, 2003)
CUIDADOS DE ENFERMAGEM PÓS-OPERATÓRIO APENDICECTOMIA
Após a cirurgia o paciente é colocado na posição de Fowler alta. Essa posição reduz a tensão sobre a incisão e os órgãos abdominais, diminuindo a dor. Sulfato de morfina é prescrito para aliviar a dor. Quando tolerados, são administrados líquidos orais. Qualquer paciente que estava desidratado antes da cirurgia recebe líquidos intravenosos. O alimento é fornecido, quando desejado e tolerado, no dia da cirurgia, quando o intestino está normal.
O paciente pode receber alta no dia da cirurgia, se a temperatura estiver dentro da normalidade, não apresentar desconforto indevido na área operatória e a apendicectomia não apresentar complicação.
Os pacientes em risco de complicação podem ser mantidos no hospital por vários dias e são monitorados com cuidado quanto aos sinais de obstrução intestinal ou hemorragia secundária. Os abscessos secundários podem formar-se na pelve, sob o diafragma ou no fígado, assim elevando a temperatura, frequência de pulso e contagem de leucócitos.(MOTZER et all, 2003)
O pós operatório é dividido em dois momentos, imediato (logo depois da cirurgia) e o tardio (passado alguns dias da cirurgia). (EDINGER, 2014)
ORIENTAÇÕES PARA ALTA HOSPITALAR
Ao receber alta, o paciente e a família são orientados sobre os cuidados da incisão, dieta alimentar, conforme prescrição médica. O enfermeiro instrui o paciente a agendar uma consulta para que o cirurgião remova as suturas entre o 5ª e 7ª dia depois da cirurgia. A atividade normal do cotidiano pode ser retomada dentro de 2 a 4 semanas. (MOTZER et all, 2003)
As recomendações ao paciente são que evite pegar/carregar pesos, evite qualquer tipo de esforço na região operada independente da cirurgia ter sido aberta ou fechada. A pressão intra-abdominal e na região do abdome deve ser mantida a mínima possível durante o pós operatório imediato, pois os pontos intra-abdômenes podem romper.
A orientação se mantém no pôs operatório tardio, mas nessa fase o paciente pode voltar a exercer com moderação as atividades normais de costume, ficando mais livre para tomar banho sozinho e fazer mais esforço. Das recomendações medicas ainda inclui-se tomar medicação antibiótica que auxilia na diminuição do risco de complicações infecciosas (a própria manipulação do intestino pode provocar infecções; além de poder infectar a região do corte cirúrgico. (EDINGER, 2014)
3 Considerações Finais
Apendicite aguda é uma inflamação que tratada no período adequado não terá riscos a saúde do paciente, porém, se a doença for descoberta muito tarde terá complicações que podem levar a deixar sequelas e em casos raros levar à óbito, se não solucionados imediatamente.
Essa doença é tratada apenas com cirurgia, a apendicectomia, em casos de complicações, como peritonite e abscessos, é utilizado tratamento com antibióticos antes da cirurgia e se necessário a colocação de drenos. A cirurgia pode ser realizada de duas formas, por laparotomia ou por laparoscopia. A cirurgia por laparoscopia (vídeo) terá uma recuperação mais rápida.
A apendicectomia é uma cirurgia simples, porém, quando ocorre alguma complicação durante ou após a cirurgia, o paciente deve ser avaliado. É muito importante ressaltar a importância da enfermagem no cuidado ao paciente, nos cuidados pré-operatório, como na diminuição da dor, não o alívio, pois se a dor passar é provavelmente devido a perfuração do apêndice, a administração dos medicamentos e o conforto físico e esclarecimento ao paciente e a família sobre a doença e cirurgia para tranquilizá-los. Os cuidados pós-operatórios visam a recuperação do paciente, cuidados com a higiene, administração de analgésicos, antinflamatórios e antibióticos é importante para o bem estar do paciente, informar o paciente e sua família de que o paciente não poderá carregar peso e fazer esforço, sendo necessário o auxílio da família. Ao receber alta hospitalar, quando o médico avaliar o quadro do paciente e este estar estável, é necessário as orientações do médico e da enfermagem. Cuidados como carregar peso nas minhas primeiras semanas, subir e descer escadas, tomar banho sozinho nos primeiros dias, a higienização do curativo, alimentação balanceada e agendar a retirada dos pontos após 7 dias.
É importante o papel da família e se necessário em casos de pessoas que não tem quem auxilie a ajuda de uma enfermeira. Para que a recuperação do paciente seja rápida e tranquila.
REFERÊNCIAS
MOREIRA, H. Vademecum de Clínica Médica. 2ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005,vol. 1
DINIZ MUNDIM, Fernando; FERREIRA DE FIGUEIREDO, José Eduardo. Tratado de enfermagem médico-cirúrgica. Edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009 vol. 4, páginas 1045-1047
DE FREITAS, Paulo Alvim. Revista de Medicina. Edição. São Paulo: USP, 1953. Disponível em: revistas.usp.br
Acesso em: 27 de março de 2014
ABRAMO, Lu et all. Exames Diagnósticos: Finalidade, Procedimento, Interpretação. Edição. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan, 2007.
BOUNDY, Janice et all. Enfermagem Médico-Cirúrgica. Edição. Rio de Janeiro. Reichamann& Affonso Editores, 2004vol. 1 e vol. 2